Os títulos públicos são títulos de renda fixa emitidos pelo governo.
Os investidores de varejo atualmente conseguem investir diretamente em títulos públicos federais, emitidos pela União, pelo Programa do Tesouro Direto, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3.
Por esse sistema é possível ter acesso a diferentes títulos, prefixados, pós-fixados e híbridos, para diferentes vencimentos e com diferentes características. Os principais são: Tesouro Selic; Tesouro Prefixado; e Tesouro IPCA+. Nessa seção serão apresentadas algumas das principais características de cada um deles.
Sugerimos aos investidores que visitem a página do Tesouro Direto para informações mais completas e atualizadas.
Importante destacar que os títulos públicos não são valores mobiliários e, portanto, não estão sujeitos à competência da Comissão de Valores Mobiliários.
Os títulos negociados no Tesouro Direto nomeados como Tesouro Selic são títulos de renda fixa pós-fixados atrelados à remuneração da taxa básica de juros da economia, a taxa Selic. Apesar de a referência ser a taxa Selic, é importante o investir saber que não receberá como remuneração exatamente 100% dessa taxa. Isso ocorre porque pode haver custos incidentes sobre as operações, como taxas de custódia e/ou negociação. O investidor deve estar atento a isso e comparar as taxas cobradas pelas corretoras. Além disso, há uma pequena diferença entre as taxas de compra e venda, chamada spread, quando há resgate antecipado, e, a depender das condições de mercado, os preços podem estar sendo negociados com algum ágio ou deságio, ou seja, uma taxa pouco acima ou abaixo da Selic esperada.
Os títulos do Tesouro Direto chamados de Tesouro Prefixados são, como o nome sugere, títulos de renda fixa prefixados, em que já se sabe no momento da compra exatamente quanto irá receber no futuro. Nesse caso, sempre R$ 1.000,00 por título. Há opções para diferentes vencimentos, com ou sem pagamento de juros semestrais.
Embora sejam prefixados, se o investidor resgatar antes do prazo, a rentabilidade pode ser diferente da contratada, porque o Tesouro recompra a preços de mercado. Há, assim, risco de mercado nesse tipo de título, a que o investidor deve estar atento.
Assim como no caso dos outros títulos, pode haver custos incidentes sobre as operações, como taxas de custódia e/ou negociação, e diferenças, spread, entre taxas de compra e venda.
Os títulos conhecidos como IPCA+ possuem rendimento composto por uma taxa de juros mais a variação da inflação (IPCA). Portanto, podem ser considerados como títulos híbridos. Há opções para diferentes vencimentos, com ou sem pagamento de juros semestrais.
Como uma parcela da remuneração é composta por uma taxa de juros definida, se o investidor resgatar antes do prazo, a rentabilidade pode ser diferente da contratada, porque o Tesouro recompra a preços de mercado. Há, assim, risco de mercado nesse tipo de título, a que o investidor deve estar atento. Por outro lado, se o investidor mantiver o título até o vencimento, ele garante uma taxa de juros real, já que o valor é corrigido pela inflação.
Assim como no caso dos outros títulos, pode haver custos incidentes sobre as operações, como taxas de custódia e/ou negociação, e diferenças, spread, entre taxas de compra e venda.
Os títulos negociados no Tesouro Direto possuem liquidez diária, os investidores conseguem resgatar seus investimentos diariamente. Portanto, possuem alta liquidez. No entanto, é importante o investidor lembrar que os valores de resgate são determinados a preços de mercado. O investidor só garante a remuneração pactuada se resgatar no vencimento.
Os títulos negociados no Tesouro Direto são tidos como títulos livres de risco de crédito. Isso porque o emissor é o governo brasileiro, e a moeda de referência é o próprio real, a moeda interna do país, o que garante o seu pagamento. São, portanto, nesse aspecto, títulos seguros.
Isso não quer dizer que sejam totalmente livres de riscos. Alguns deles, especialmente os pré-fixados (Tesouro Pré-fixado) e híbridos (Tesouro IPCA+), estão sujeitos a oscilações nos seus preços, devido aos movimentos das taxas de juros, e, portanto, possuem risco de mercado.
O Tesouro Selic, no entanto, por ser pós-fixado, é o que menos sofre menos com os movimentos dos juros, embora possa ter ágio ou deságio, e por essa razão é considerado como referência interna no mercado brasileiro de título livre de risco.
Os títulos públicos negociados no Tesouro Direto, portanto, atendem a diferentes objetivos e perfis de risco, pois possuem diferentes características de rentabilidade (pós-fixados, pré-fixados e híbridos), com prazos de vencimento distintos.
Acesse a página do Tesouro Direto e saiba mais.